Uma semana exaustiva, principalmente para a minha cabeça do que para meu corpo, tudo parecia fora do lugar, o mundo, a cidade, a minha casa, tudo estava estranho, eu principalmente, não sabia se sentia medo ou tranquilidade. Na sexta feira eu acordei bem, menos triste, mais serena. E quando deitei no final daquele mesmo dia, ele me veio a cabeça e me veio em memórias que pareciam tão distantes, tão vagas, eu não me recordava mais com clareza do seu perfume e os também eu já não lembrava o gosto do seu beijo, tudo era antigo, eu sabia que um dia seria assim, que passaria, que acabaria e que um dia mesmo amando ainda eu esqueceria das mais belas memórias daquele tempo que foi apenas eu e ele.
E diante de tudo que havia acontecido naquela semana, não seria nada estranho se eu chorasse de alivio, de dor, de saudade ou de qualquer outra coisa, mas isso não aconteceu, eu sorri, com saudade e com a última lembrança aquela que eu acho que lembraria por muito mais tempo do que as outras : o toque de suas mãos, aquelas mãos grandes, a qual se encaixava na medida da minha, a sua mão na minha cabeça alisando meus cabelos dourados, a sua mão na minha sobre uma mesa de bar uma encaixada na outra. A sua mão nas minhas pernas, fazendo carinhos enquanto você estava em meu colo, como meu grande pequeno bebê. A sua mão segurando a minha enquanto eu sentia medo, suas mãos no meu rosto secando as lágrimas que doíam tanto ao cair, e você sabia disso. A suas mãos, a qual me deu força, me deu coragem e me fez sentir amor, a sua mão que estava estendia em minha direção, e o principal, a sua mão que me trazia todo o resto de ti. As pessoas ficam o tempo necessário em nossas vidas, e você ficou por muito pouco tempo, mas o tempo que ficou me trouxe tanta coisa, tanto aprendizado, que hoje, quando sinto medo de algo, eu penso SÓ na sua mão segurando a minha, e sua voz em meu ouvido vem automaticamente me dizendo que tudo vai acabar bem...
É, tudo vai acabar bem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário