Toda vez é assim, eu fico tempos na defensiva e ai você volta, eu me torno a pessoa mais vulnerável a habitar esse mundo, não digo o mundo todo sabe, mas o nosso mundo, quer dizer: o meu mundo, aquele que é todo seu. Me perguntaram que palavra definiria a minha vida, eu respondi na hora: Esperança. Primeiro erro, acho que eu deveria dar o seu nome, não só para a minha vida, cada palavra de amor, de fuga, de solidão, de tristeza, você está presente. Em cada ato do meu dia, você está presente. Em cada sonho que eu tenho, você está presente. E a vida as vezes é engraçada, porque a pessoa que está mais longe de você, é a que está mais perto, e ela nem sabe disso. Você não sabe disso. Pelo menos eu nunca tive coragem de te dizer. Segundo erro, ter a tal da Esperança e esquecer o que é aquela tal da Coragem. E olha que eu já disse ser corajosa algumas vezes. Mentira, foi só me colocar a frente de um precipício que eu comecei a chorar igual um bebê, querendo a sua mão para me fazer forte. Terceiro erro. Eu me tornei forte na sua ausência, então eu não deveria querer você por perto para isso. Em alguns momentos eu me sinto uma rocha, sabe ? Nada pode me destruir. E em outros como uma pirâmide de baralho, um sopro e eu já era. 

Eu já falei que a vida é engraçada? É, a vida é engraçada, damos a melhor parte do nosso coração a uma pessoa e ela nem sabe disso, e nem saberá. E ai você descobre meu Quarto erro.

Carolina de Souza Duarte